O que é um
Jubileu e um Ano Santo?
O Papa Francisco anunciou a celebração de um Jubileu da Misericórdia, um Ano
Santo da Misericórdia, que começará em 8
de dezembro de 2015 e terminará em 20
de novembro de 2016, que começará com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro durante a
solenidade da Imaculada Conceição.
O anúncio do Ano Santo da Misericórdia foi
dado pelo Papa Francisco em dia 13 de março de 2015. Este será o 29º jubileu na
história da Igreja Católica. A Igreja Católica iniciou a tradição do Ano
Santo com o Papa Bonifácio VIII, em 1300,
e a partir de 1475 determinou-se um jubileu ordinário a cada 25 anos. Até hoje foram realizados 26 anos
santos ordinários e dois extraordinários (anos santos da Redenção em 1933
pelo Papa Pio IX e 1983 pelo Papa João Paulo II
O último Jubileu
da Igreja foi proclamado pelo Papa São João Paulo II para comemorar os 2000 anos do nascimento de Cristo.
Depois da proclamação deste evento muitos se
perguntam: O que é um jubileu? Um ano
santo?
A celebração do jubileu se origina no judaísmo. Consistia em uma comemoração de um ano sabático que tinha um significado
particular. Esta festa se realizava a cada
50 anos.
Durante o ano os
escravos eram libertados, restituíam-se as propriedades às pessoas que as
haviam perdido, perdoavam-se as dívidas, as terras deviam permanecer sem
cultivar e se descansava.
Na Bíblia encontramos algumas passagens nas quais
se menciona a celebração judaica. Talvez a mais importante se encontre no Levítico 25,8 (Ver o Capítulo todo,
referente as obrigações, as promessas de Deus)
1. O Senhor disse a Moisés no monte Sinai: “Dize
aos israelitas o seguinte:
2.quando tiverdes entrado na terra que vos hei de
dar, a terra repousará: este será um sábado em honra do Senhor.
3. Durante seis anos semearás a tua terra, durante
seis anos podarás a tua vinha e recolherás os seus frutos.
4. Mas o sétimo ano será um sábado, um repouso
para a terra, um sábado em honra do Senhor: não semearás o teu campo, nem
podarás a tua vinha;
5.não colherás o que nascer dos grãos caídos de
tua ceifa, nem as uvas de tua vinha não podada, porque é um ano de repouso para
a terra.
6. Mas o que a terra der espontaneamente durante o
seu sábado, vos servirá de alimento, a ti, ao teu servo e à tua serva, ao teu
operário ou ao estrangeiro que mora contigo;
7.tudo o que nascer servirá de alimento também ao
teu rebanho e aos animais que estão em tua terra.
8.
Contarás sete anos sabáticos, sete vezes sete anos, cuja duração fará um
período de quarenta e nove anos.
9. Tocarás então a trombeta no décimo dia do
sétimo mês: tocareis a trombeta no dia das Expiações em toda a vossa terra.
10.
Santificareis o quinquagésimo ano e publicareis a liberdade na terra para todos
os seus habitantes. Será o vosso jubileu. Voltareis cada um para as suas terras
e para a sua família.
11. O quinquagésimo ano será para vós um jubileu:
não semeareis, não ceifareis o que a terra produzir espontaneamente, e não
vindimareis a vinha não podada,
12.pois é o jubileu que vos será sagrado. Comereis
o produto de vossos campos.
13. Nesse ano jubilar, voltareis cada um à sua
possessão...
A palavra jubileu se inspira no termo hebreu de
yobel, que faz alusão ao chifre do cordeiro que servia como instrumento.
Jubileu também tem uma raiz latina, iubilum que representa um grito de alegria.
Na tradição
católica, o Jubileu consiste em que durante 1 ano se concedem indulgências
aos fiéis que cumprem certas disposições eclesiais estabelecidas pelo Vaticano.
O Jubileu pode ser ordinário ou extraordinário. A
celebração do Ano Santo Ordinário
acontece em um intervalo de anos já estabelecido.
Já o Ano Santo Extraordinário se
proclama como celebração de um fato
destacado.
A Igreja Católica tomou como influência o jubileu
hebraico e lhe deu um sentido mais
espiritual. Nesse ano se dá um perdão geral, indulgências e se faz um chamado a aprofundar a relação com Deus
e com o próximo. Por isso, cada Ano Santo é uma oportunidade para
alimentar a fé e renovar o compromisso de ser um testemunho de Cristo. Também é
um convite à conversão.
O Jubileu proclamado pelo Papa Francisco é um Ano Santo Extraordinário.
O primeiro
ano jubilar foi convocado em 1300
pelo Papa Bonifácio VIII. Estabeleceu-se que os seguintes jubileus se
comemorassem a cada 25 anos, com o
objetivo de que cada geração experimente pelo
menos um em sua vida.
O rito inicial do Jubileu começa com a abertura da
Porta Santa da Basílica de São Pedro. Esta
porta só se abre durante um Ano Santo. A abertura da porta significa que se abre um caminho extraordinário para a salvação.
O Papa deve tocar a porta com um martelo 3 vezes enquanto diz: “Aperitemihi
leva justitiae, ingressus in easconfitebor Domino”- “Abram-me as portas da justiça; entrando por elas confessarei ao
Senhor”.
Quando se abrem, entoa-se o Te Deum e o Santo Padre
atravessará esta porta junto com os seus acompanhantes.
O logotipo oficial do Ano Santo da Misericórdia
O lema Misericordiosos
como o Pai (retirado do Evangelho
de Lucas 6,36) propõe viver a
misericórdia no exemplo do Pai que pede para não julgar e não condenar, mas perdoar e dar amor e perdão sem
medida (cfr. Lc 6,37-38).
O logotipo – obra do Padre jesuíta Marko I. Rupnik
– apresenta-se como uma pequena suma teológica do tema da misericórdia. Mostra,
na verdade, o Filho que carrega aos
seus ombros o homem perdido, recuperando uma imagem muito querida da
Igreja primitiva, porque indica o
amor de Cristo que realiza o mistério
da sua encarnaçãocom a redenção. O desenho é feito de tal forma que realça
o Bom Pastor que toca profundamente
a carne do homem, e o faz com tal amor capaz de lhe mudar a vida. Além disso,
um detalhe não é esquecido: o Bom Pastor com extrema misericórdia carrega sobre si a humanidade, mas os
seus olhos confundem-se com os do homem. Cristo vê com os olhos de Adão e este
com os olhos de Cristo. Cada homem descobre assim em Cristo, novo Adão, a
própria humanidade e o futuro que o espera, contemplando no Seu olhar o amor do
Pai.
A cena é colocada dentro da amêndoa, também esta
figura cara da iconografia antiga e medieval que recorda a presença das duas naturezas, divina e humana, em
Cristo. As três ovais concêntricas, de cor progressivamente mais clara
para o exterior, sugerem o movimento de Cristo que conduz o homem para fora da noite do pecado e da morte. Por outro
lado, a profundidade da cor mais escura também sugere o mistério do amor do Pai
que tudo perdoa.
Oração
Senhor Jesus Cristo, Vós que nos ensinastes a ser
misericordiosos como o Pai celeste, e nos dissestes que quem Vos vê, vê a Ele. Mostrai-nos
o Vosso rosto e seremos salvos.
O Vosso olhar amoroso libertou Zaqueu e Mateus da
escravidão do dinheiro; a adúltera e Madalena de colocar a felicidade apenas
numa criatura; fez Pedro chorar depois da traição, e assegurou o Paraíso ao
ladrão arrependido.
Fazei que cada um de nós considere como dirigida a
si mesmo as palavras que dissestes à mulher samaritana: Se tu conhecesses o dom
de Deus! Vós sois o rosto visível do Pai invisível, do Deus que manifesta sua
omnipotência sobretudo com o perdão e a misericórdia: fazei que a Igreja seja
no mundo o rosto visível de Vós, seu Senhor, ressuscitado e na glória.
Vós quisestes que os Vossos ministros fossem também
eles revestidos de fraqueza para sentirem justa compaixão por aqueles que estão
na ignorância e no erro: fazei que todos os que se aproximarem de cada um deles
se sintam esperados, amados e perdoados por Deus.
Enviai o Vosso Espírito e consagrai-nos a todos com
a sua unção para que o Jubileu da Misericórdia seja um ano de graça do Senhor e
a Vossa Igreja possa, com renovado entusiasmo, levar aos pobres a alegre
mensagem proclamar aos cativos e oprimidos a libertação e aos cegos restaurar a
vista. Nós Vo-lo pedimos por intercessão de Maria, Mãe de Misericórdia, a Vós
que viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos.
Amém
Hino oficial do Jubileu da Misericórdia
O hino inicia com as palavras
“Misericordessicut Pater”, que é justamente o lema do Jubileu “Misericordiosos
como o Pai”, extraído do Evangelho de Lucas 6,36
Os autores da música, Paul Inwood, e
do texto, Padre Eugenio Costa, S.J, doaram todos os direitos da obra ao
Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, com o objetivo de
facilitar a divulgação do Hino do Jubileu da Misericórdia em toda a Igreja. A
gravação foi realizada pela Rádio Vaticano com o Coral da Capela Musical
Pontifícia, dirigido pela Maestro Monsenhor MassimoPalombella, S.D.B
Fontes:
http://www.im.va/content/gdm/pt.html
http://www.im.va/content/gdm/pt/giubileo/logo.html
http://www.im.va/content/gdm/pt.html
http://www.im.va/content/gdm/pt/giubileo/annuncio.html
http://www.im.va/content/gdm/pt/giubileo/preghiera.html
http://portalcatolico.org.br/portal/o-que-e-um-jubileu-e-um-ano-santo/
http://portalcatolico.org.br/portal/?s=jubileu
http://portalcatolico.org.br/portal/vaticano-prepara-jubileu-dos-adolescentes-pelo-ano-da-misericordia/
http://portalcatolico.org.br/portal/divulgado-hino-oficial-do-jubileu-da-misericordia/
http://www.a12.com/santo-padre/noticias/detalhes/papa-francisco-convoca-oficialmente-o-jubileu-da-misericordia
http://www.acidigital.com/noticias/publicado-calendario-oficial-do-jubileu-da-misericordia-75186/
http://www.acidigital.com/noticias/publicado-calendario-oficial-do-jubileu-da-misericordia-75186/
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